sábado, 16 de julho de 2011

Sem razão

Como não tenho razão
para ficar alegre ou triste,
vim para a frente do espelho me espiar,
pra tentar adivinhar expressões
de sensações que aiunda não existem,
ade futuras alegrias e de momentos tristes.
Quase que já chego a ver,
o que ainda nem chegou a ser,
como se pelos cantos dos meus olhos,
e pelas beiradas dos meus lábios,
eu já chorasse e já risse pelo que ainda não existe.

Olhos nublados

Tenho olhos nublados
como céus nublados
de lugares prestes a chover.

Tenho olhos nublados
que as veses chovem torrencialmente
como céus nublados que tentam ficar azuis,
céus que chovem a água das nuvens que opacam essa luz.

Tenhos olhos nublados
que as vezes chovem silenciosamente
como céus nublados que tentam ficar azuis.

Mas meus olhos não são céus,
são só olhos, e nem sequer
são azuis.

O sol e a lua

A luz do Sol, que eu guardava em mim,
por minhas frestas escapulia
para acender a Lua, quando eu anoitecia.

O sol ia se pondo dentro de mim.

E enquanto a luz da Lua banhava minha pele nua,
a escuridão caia, aos poucos, ao redor da rua.

Eu era o ponto que unia o Sol à Lua.

Noites...
noites que atravessei sozinho,
longe do meu amor,
acordado, sem ninguem ao meu lado.

Comigo

Se você me encontrar falando sozinho
não se assuste.
Eu não falo sozinho, falo comigo mesmo.
É que dentro de mim moram seres diferentes
que se cumprimentam e conversam, nem sempre
silenciosamente.

Sobre ontem a noite

Na noite de ontem fui de encontro a tua ausência, o frio noturno estava dentro de mim. Atravesseai o tempo até chegar a tua casa, joguei teu nome ao vento, como quem lança pedras, mas o peso de palavras não arrebenta vidros.
Aproximei meus passos do espaço em que vives e embacei o vidro com o vapor da minha voz. Susurrei segredos, quase em silêncio, mas o silência do teu quarto não me disse nada. Arranhei com raiva as veias do vidro com a ponta da chave de um carro emprestadoa. Arrastei meus dedos quase sem barulho, sobre a transparência da pelo do vidro e deixei impressa minhas digitais, como se sangrassem de tanta solidão.

As unhas da mão direita

Você cortou os meus cabelos,
mas não vai poder cortar minhas unhas.
Deixe-as em paz, para que com seu toque
aeu descubra as cordas que acordam
os acordes que me remetem a ti.

Mãos frias

Te aqueci com minhas mãos frias
e minhas mãos quase transformaram
tua tristeza em alegria.
Digo quase, por que tristezas
não deixam de ser tristezas,
nem deixam de existir,
nem minhas mãos tem tanto poder assim.

São apenas mãos frias
que pensam poder te aquecer,
mãos frias que pensam
ter o poder de transformar
tua tristeza em alegria.

Enquanto dormias

A linha desta poesia vem do silêncio
que eu ouvia na noite arrastando o dia,
que aos poucos aamanhecia.

E se não fosse arrastado,
é certo que o dia não vinha,
pois o dia não queria
ficar só sem companhia.

A noite era mão do dia
e pelas mãos o trazia,
mas em seguida sumis, deixando-o
ser só e todo durante o dia...

Eu também fiquei só,
fiquei a ser só e todo
por muitas noitas e dias.
Mas o teu cheiro se deitou
à flor da minha pele fria,
e o teu calor ainda me aquece
em longas noites vazias.

As minhas palavras falam
por que minha fala silencia.
Hoje a saudade me arde,
mas com o tempo tudo esfria.
E quando essa tristeza tropeçar
há de se levantar alguma alegria.

No colo de uma bicicleta

Envelheço por fora e pelo avesso,
começo a ser o que pareço.
Envelheço no colo de uma bicicleta,
e, no ventro da noite adormeço.

Passeio como em sonhos pelas línguas que falo,
pelas outras tanto me calo;
são muitos os silêncios que conheço e as memórias
de lugaresa que não esqueço, envelheço...

Sobre o girar de duas rodas me equilibro e
vibro por estar vivo, nem sempre em equilibrio
com tudo e comigo.

Mas meu coração segue batendo...

O negro em seus cabelos já começa a estancar
mas o meu sangue ainda é vermelho,
e, pelas vias das minhas veias vai seguindo o seu ciclo.

Eu vou de mãos dadas ou não, como um equilibrista
sobre uma corda esticada em alta tensão,
e nenhuma rede entre mim e o chão.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Eu...

Tenho gosto pelo esquecimento
E a solidão que ele carrega,
Bem como o silêncio que se emprega
Neste agridoce acalento...

Tenho apreço pela loucura.
E, eu e ela, temos verdadeira amizade
Chego a ter nojo da normalidade
Que é imposta, lasciva, impura...

Tenho imenso respeito pela morte
Que vem, e sem erro finaliza
Tudo o que é vivo, sendo unica certeza
E lançando a todos essa sorte...

Compreendo, também, certas dores
Que mantém viva a realidade
Que mantém presa na intimidade
Saudades, lugares, rancores...

...Palavras, nomes, amores
Que se vão, com um que de lástima
E que se afoga, se desabafa em lágrima
E indiferenças, mentiras, pudores

Tenho asco ao superficialismo
E as ditaduras que o acompanha
Tenho pena daquele que apanha
E toma pra si esse facismo

E ante ao facismo
Que muitos tem por escolha
Que te diz que compre, não plante, não colha
E que transforma tudo num abismo;

Canto repressão às repressões
E peço sinceras desculpas
Se já pulaste, com tuas roupas
No abismo, faminto de depressões...

Mantenho-me cego às suas marcas
E surdo, sou às suas finezas...
Sou totalmente mudo à certas belezas
E insensível a todas estas estacas...

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Sem titulo

Eu não quero ser o responsável
Pela destruição de tudo o que acredito.
De tudo o que sinto, de tudo...
Aquilo o q sou.

Eu
Destruído pelas incongruências...

Transformado em destroços, pela pouca sapiência
Tentando formar cacos que traduzam,
ainda que por ínfimas partes,
O todo que costumava ser

Que costumava ser, e desvalorizar a posse
o choro, a tosse...
As sofridas linhas que reclamam tanto apego
Tanta escravidão, tanto condicionamento
E podridão...

A busca incessante pelo espaço
onde encaixe
o meu traço
o meu laço
embaraço
aço, aço e tantos mais aços...

Sinto o tédio abraçar minha carne
Frio, mas nunca sozinho
Sempre acompanhado do sozinho quarto apertado
apertado
quase sem ar, quase sem espaço
aço
mais aços...

Vejo se moverem, as paredes
Encurtarem
vejo a tentativa de contato
do teto
com meu corpo
solitario, parado... observando
esperando...

Vejo voarem minhas vontades, e fincarem-se as saudades
a relatividade contra mim
sempre contra mim
estão todos contra mim
Estão todos a meu favor

Estão todos buscando entender o por que destes versos...
Estão todos vivendo suas vidas,
sem ter noticia destes versos...

Estão todos preocupados consigo mesmos
Estão todos, preocupados com a sua própria semântica.

sábado, 21 de maio de 2011

Fidelidade

E como não falar nada
Se é do meu peito que sai a vontade
Que muito me dói, exatamente por não ser falada
Me obrigando a expor a verdade?

A cidade esta ficando pequena
E o espaço é tomado por meu silêncio.
Pois não tenho mais o seu sorriso de menina
E deixei quieto esse meu suplicio.

É incrível quando te vejo
A voz falta, a perna treme, a voz gagueja
E eu só consigo vislumbrar o seu beijo

Fecho os olhos e você me aparece
E não importa jamais onde eu esteja
Estando com você, o resto do mundo desaparece.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Solidão

Esquece-me sozinho
Como a dor que me faz sentir
O furo do espinho
É melhor que te ver partir.

Uma lágrima rola solta
A pele parece queimar
A tristeza traz de volta
A vontade de caminhar

Coração cicatrizado
Parece saltar, viver sem mim.
N’um canto, permaneço calado,
A infelicidade da solidão sem fim.

No peito, um sentimento doloroso.
Lembranças dum passado desgraçado,
A tristeza agora rola com peso,
E eu queria sumir, esquecer-me do fardo!

Apenas uma coisa, te peço,
Esqueça-me por um momento
Em pedras, eu piso e tropeço,
Mas pior que pedra, é o inquietante tormento!

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Defeito

Como é difícil me manter calado
Receoso em verbalizar meu apreço
E para nao desandar, é que nunca esqueço
De sempre pensar, antes de agir ao seu lado...

Há uma alegria diferente no diálogo
Há diferentes formas de conduzir
Os olhares, os abraços, o sorrir...
Que não explico, mas que guardo em meu âmago...

E as palavras teimam em me fugir
Quando eu crio, em comédia, seus defeitos...
Tendo, a cada contato, refeito
Essas palavras que se cravam no porvir.

E talvez seja melhor calar...
Só Deus sabe quantas besteiras eu falo
E é exatamente por isso que calo
Quase me obrigando a silenciar...

Carta de retirada

Detalhes me resgatam a tristeza
Cala-se, e me faz crer na derrota
Que não é minha, mas que me faz morta
De certa forma, a destreza...

Sinto seu silêncio
Me chega a ser doloroso
Não mais verei deliciar verso saboroso?
Não mais me perderei em tais dizeres intensos?

Sinto seu medo
Sinto, como se fosse meu
E, sinceramente, quem foi que perdeu
Já que, por ora, se calam seus enredos?

Quem perdeu, fui eu
Que tanto esperava crescimento
Que almejei e que felicitei amadurecimento
Mas que, por palavra de outrora, se perdeu...

Quem perde, é você
Que silencia tamanha voz
Que se deixa levar pelo algoz
Que se permite perder...

Quem perde, é a primazia
Da condução de teus dizeres
Quem perde os deleites de prazeres
É a própria poesia...

Poeta inseguro
É todo o que é poeta
E um outro inseguro idiota
Calou a boca do futuro...

sábado, 7 de maio de 2011

Carta ao belo sorriso

Como é fácil o teu sorrir, menina.
E a constância, dá-te um ar de lindeza.
Ilumina, graceja, e com certa fineza,
Todo o ambiente se contamina.

Impossível não notar a simetria
Traduzida pelo encaixe entre sorriso e rosto
E por ser simétrico, que me é imposto
Traduzir-te a beleza em poesia.

De ti, conheço apenas este sorrir
Sou ignorante, por exemplo, dos teus motivos
Não sei se bestiais, intelectuais ou instintivos...
Quiçá venha a saber com a lucidez do porvir?

Sei que, de qualquer sorte, é iluminador.
E tuas feições demonstram o que digo.
Daqui, a impressão é de que não tens inimigo,
Ou que jamais conhecera as lágrimas da dor.

Para mim, nunca sorriste.
E não venho, por meio desta intervir.
Não tenho a má intenção de extorquir...
Contento-me em ter a contemplação por presente.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Vontade íntima

Queria ter a sensatez dos sábios
Saber falar, saber calar, saber o momento
Saber fazer da sabedoria instrumento
Não me deixar seduzir por mesa, cama ou lábios...

Queria ter a frieza dos sensatos
E desta, me utilizar a todo instante...
E deixar de me expor a sentimentos constantes
Adormece-los, e com todo o intelecto apenas julgar quaisquer fatos...

Queria ter o acalanto do esquecimento
E ser presenteado com seu doce desdém
Aproveitar e ter por presente também
Arrancado de mim o desalento..

Queria ter o dom de afugentar
Todo esse frio, toda a saudade, toda essa mágoa
Queria ser capaz de arrancar essa mão que me afaga
E teima em ainda me fazer lembrar...

sábado, 30 de abril de 2011

Sopa de letrinhas

Toda vez que falo com você
Me vem esta razão, esse por que
De que não dá, por “a” ou “b”.
Mas não esqueça o que vou te dizer
Existirá pra sempre o “c” e o “d”.
E mesmo que não seja suficiente ao seu saber
Esse tanto de explicação “sem-que-nem-pra-que”
Só pra provar esse tal medo de viver...
Já que o amor talvez não seja pra se entender
Ou não exista, e não tenha lá o que se fazer
Mas deixe eu mostrar que alem do “c”
Existe algo que irá sempre transcender
Darei adeus, quando tiver de acontecer
E que a vida venha e te faça sempre ver
Que neste mundo, eu serei o “x“, o “y” ou o “z”.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Pequenino

A mim, so resta a poesia
e nada mais
e com ela, que não é nada

Mas que é tudo
estou feliz, de qualquer forma

Mesmo quando infeliz.

O grito que não dei

Pulsa no meu peito o que há de pulsar.
E eu nem sei o nome destes devaneios
Que ora fazem rir, ora fazem chorar
E que obrigam a omitir, buscar desvios.

Explode, aqui no intimo, esse grito sufocante
Que eu mato com esse sorriso amarelo
Que teima em aparecer nestes momentos inebriantes
Mas que é falso, e esconde esse meu flagelo.


Mas este berro há de calar
Quando estou sozinho e posso me entender
E este tempo ainda há de me sussurrar
Que é complicado esse negócio de viver.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Cansaço

Cansado de olhar e não ver a verdade.
Abro os olhos e encaro, mas já sem querer.
Encaro a tristeza com simplicidade,
Encaro essa culpa de viver.

Cansado de andar sem saber pra onde.
Levanto, mas já sem saber.
Caminho pelos cantos da cidade,
Caminho aflito, como quem quer esquecer.

Cansado de procurar o que de mim se esconde.
Procuro, mas já sem correr.
Com a dor de quem agora se entende.
Com o pesar de quem se força a viver.

Cansado de buscar uma felicidade.
Busco, mas já sem ferver.
Com o pesar de quem está cansado de verdade.
Com a dureza de quem não tem o que dizer.

sábado, 9 de abril de 2011

Poema sem título

Não é a tristeza...
Já a acompanhei por tempos
Já chorei amores e desamores a mil ventos,
Já a venci, ja domei essa fraqueza...

Não é a saudade...
Essa tive como íntima
Já não sinto sua presença, constante e ínfima
Já aprendi a lidar com os cheiros da cidade...

Então por que não me foges?
Por que não me esquece em solidão?
Por que me furtas o unico motivo de atenção?
Por que ser invasiva neste meu interior pseudo-forte...

Vá e me deixe
Com minhas antigas concepções
Com minhas poesias, minhas letras e canções
Vá, e me presenteie com o doce desleixe...

domingo, 3 de abril de 2011

Eu não sou igual a você

Hoje vejo que não valeu a pena
tentar te convencer
Que eu não sou igual a você
Com sua mente exagerada
não procura entender
Sempre teve tudo do seu jeito amor
Quebrou meu escudo quando acreditou
que nossa historia ia acabar
Tanto tempo sem entender
seus versos fáceis de dizer
agora é tarde amor.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Amar você 2

Só queria te encontrar
tenho tantas coisas pra te falar
eu espero que o que tenha pra dizer
talvez um dia vá, juntar eu e você
Eu nunca imaginei como eu podia
me apaixonar
Mas quando te encontrei
eu fui buscar dentro de mim uma luz
pra que eu possa amar.

Amar você

Eu não posso te perder
Não aguento mais, viver sem você
Naquele dia, você ficou em meu pensamento
e depois disso eu só fiquei no sofrimento

Não faz assim, eu só queria ter você
por que minha vida sem você, não faz sentido
Se for pra ser assim, melhor perder você de vez
do que ficar pra sempre sendo seu amigo
ainda vou te conquistar menina...

Tão dificil entender minha vida sem você
eu não sei se vou aguentar
Só queria te dizer, que depois daquele dia
em que eu te vi, eu só penso em amar você.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Imenso deserto

As pernas já não respondem ao comando
De ir em busca do que não conheço...
O braço já não busca o abraço
E desconheço um nome pro que ando sentindo.


Algumas dores se tornam fortes
Tamanha dor me faz querer esquecer
Dos beijos, dos abraços, desse querer.
Desses sentimentos? Que sequem as fontes!

As cicatrizes são maiores
O peito dói a cada batida
E não adianta viver essa vida fingida
Pois as memórias... Essas são as piores.

Como é ruim esse tal de amar
O amor é como todo oceano, de certo.
Por mais que cheio pareça estar
Um dia ele se torna um imenso deserto.

Viver

Poderia descrever mil belezas.
Mas prefiro falar do que sinto
De como bate o coração com a certeza
E de como é bom te ter em pensamento.

Perfeito é teu cheiro de flor.
Teu abraço quente que aquece e conforta
E mesmo já não crendo mais no amor
Os teus beijos é o meu peito que comporta.

O chão pode até sumir
Pode acabar o mundo, desabarem as estrelas...
Pois eu sei que é recíproco o meu sentir
E que, pra minha escuridão, você será uma vela.

Por isso continuo com essa mania
De gostar, de querer, de sentir...
Prefiro não planejar o porvir
Mas que nossos dias sejam uma grande e linda poesia.

sábado, 26 de março de 2011

Amada

Oh minha amada eu quero lhe contar
pois o mundo andei pra ter que falar
Encarei sol, revirei mar, só pra
tá aqui onde cê tá
Oh minha amada eu vou lhe pertubar
pois tanto já falei, desculpe
lhe incomodar só mas um versinho pra terminar
dizendo o tamanho de onde por onde e quanto
eu te amo tanto.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Existência

Um dia pode fazer toda a diferença
Dois dias podem exigir muita paciência
A partir daí tudo é exigência
Quero te ver, pois a minha companhia
tem sido só a ausência.
Tem que existir, por que sei que pode superar
todas as crenças
Senta, escuta, o que te ofereço é bem mais
do que você possa imaginar tamanha existência.

Não é em vão

Hoje vejo que não valeu a pena
tentar me esconder, atrás de você
Volta a ser minha liberdade, transformando
a vontade, agora eu grito por mim mesmo
Ainda espero te encontrar
com toda a minha força enfrentar
São suas verdades pra entender
já criei coragem pra viver
E não é em vão...
Tudo que vive até aqui
já fiz tanta coisa errada
já me achei e me perdi
O destino é incerto para mim
Estou traçando a minha estrada
mas não sei aonde ir
Posso tentar escutar você, mas só eu sei
o que eu penso e o que eu sinto
Agora tudo mudou

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Palavras loucas

Completamente vazio, assim começo meu primeiro verso
Fazendo o certo, ajeitando inverso do que o coração sabe
Muita coisa mudou, você realmente concordou, estamos em um
impasse. Disfarce, não preciso de disfarce... pois não sou
covarde, sou um homem que diz a verdade.
Invade, abrindo os campos da concentração, tirando apenas
a conclusão de que um dia, só por um dia, eu teria em média
um pouco da sua atenção. Porém,mais não. Custa a dizer o que vinha
dizendo a tão pouco atrás, então... lembro que me disse que
havia uma paixão, existente entre o meu coração e o seu coração.
Pode ser que haja uma razão, verdade ou não. Vivo aqui esperando.
cantando, imaginando, sonhando até que um dia acorde e veja que exista
um verdadeiro amor como de uma ficção.

Conclusões

Conclusões óbvias podem parecer ridículas
para quem está confuso
Soando como palavras impossíveis de se realizar
Esquecendo completamente que são para te ajudar
Conclusões ridículas valem mais para quem as diz
Pois retratam a chance de se desvendar
sobre o que você realmente deve sentir
Tiro isso das minhas profundezas do pensamento
Pois antes de tudo que penso, algo sai como um bom senso.

O que queres ?

Em meio ao passar dos dias
percebo que ainda tem a mesma agonia
Hoje vi o que o poder de um amor pode fazer
Pode levar você, iludir você e te sequestrar
de quem quer realmente te ter
O pior de tudo é saber, que você... não entende o por que
vive querendo continuar sem compreender que eu amo você
Tenho medo de que um dia você tenha que escolher, entre eu
e o que vc realmente vai querer...

domingo, 23 de janeiro de 2011

Momento

Atribulado em pensamentos, perdido em um rebento,
isento, lamento não ter aparecido no melhor momento
Sem meu sustento que é você, me vejo em um julgamento
onde eu sou o culpado dos acontecimentos
Confusão, solidão, amor tudo ao mesmo tempo
Não sei mais o que penso
Largo tu em suas mãos e vou correr com o vento
Quem sabe em algum estante, nesse instante, aguarde o momento
certo chegar, posso aparecer sem você notar, dizer o que você
quer escutar, falar o que sempre quiz falar, beijar e te amar...

Fato consumado

Deixar que os fatos sem fatos
Aceitar que os amores são como dores
Fazer com que tudo seja claro
Mudar tudo que seja errado
Jogar pro auto toda a baixa estima
Obsevar e absorver tudo que a vida ensina
Seja acontecimentos ruins ou bons
Não ter que esperar as redes da angustia
Viver o amor que acontece agora, a essa hora...

23 de janeiro

Lembrarei desse dia como um dia feliz
e no fundo me recordarei de um dia triste...
Quando achei que não ia te ver, te beijar e te abraçar
Olhei para o lado, e quem está lá ?
A linda flor, com o seu olhar perdido olhando pro mar.
Logo que me viu, eu não deixei de notar, que um brilho
nos seus olhos me deixou escapar...
Porém logo a indecisão voltava a se mostrar
Pensei só em falar que estava tudo bem e que te amava.
Esse é o lado feliz...
O lado triste não tem muitas palavras
mas cada uma significa tudo EU, SEM VOCÊ...

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Espera de redes

Não sei se consigo aguentar
mais 2 dias pra estar
formando um lindo par
Na caída do sol há além mar
Consigo imaginar, o que temos
pra vivenciar
Sorrisos, afins de felicidade
Amor, com toques de saudade
Viver, em eterna simplicidade.

Flor de açucena

Essa morena parece uma flor de açucena
porém é uma pena, não poder estar contigo
Essa morena parece uma flor de açucena
imagino a cena, de quando ficar comigo
Minha morena da alma serena...

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Imagine

Simplesmente só dizer o quanto gosto de você
É comparar o quanto a Terra há de girar,
quantos grãos de areia tem dentro do mar,
as estrelas no céu que só olhar perco a conta só de pensar,
todas as flores de açucena que no mundo existem pra cheirar,
mas difícil ainda é imaginar como dizer que quero te beijar
é como se pedisse a meu pai o carro pra andar ou minha mãe pra
parar de falar
imagine, tente imaginar...

Gostar

Até uns dias atrás não sabia o que era gostar de alguém
Hoje, vi que gostar de alguém é muito simples
Basta simplesmente, gostar...
Não é tão simples assim quanto parece, mas é desse jeito.
Horas a fio sem que se perceba o tempo a sua volta
Minutos a espera de uma resposta
Segundos transformam-se em milénios
Milésimos em anos luz
Saber o que é sentir o coração pular só de falar
Saber o que é sentir-se flutuar em um mar de amor
Isso é o gostar, afim de que um dia esse gostar, transforme-se
em amar.

Destino

Afim de que tudo transforme-se em amor
peço-te de joelhos com fervor, não iluda
meu coração que já não sabe mais amar
Apesar de todos os nossos defeitos,
tenho feito tudo que desejo
O mais doce beijo, espero ajoelhado no milho
rezando para que seja eterno, infinitamente
acontecido por intermédio do destino.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Solidão 2

Tento achar palavras no meu pensamento confuso
Mas não acho nada, só um tremendo fundo
Em branco na minha cabeça, vão se formando um amontoado de palavras
que não tem o menor sentido, afinal o que realmente estou sentindo ?
Fazer com que me sinta bem e que preciso, mas não sei o que tenho visto
Pessoas passam, não disfarçam os olhares indecisos, como se nunca
tivessem visto um rapaz perdido
Solto, livre pra vagar pelos pensamentos, cá estou eu, me afogando em magoas
passadas, tão antigas que já nem sei por que choro...
As palavras começam a fazer sentido, forma-se para todos os lados
vejo uma só palavra que consta no meu inconsciente consciente
Solidão...

Solidão 1

Tanta solidão estou sentido agora
parece que estou a horas
procurando uma companhia que me vigora
Em outrora me sentia livre e feliz, e agora ?
Que falta me faz ?
Estou perfeitamente bem, vivo é o que mais
importa, mas essa angustia de estar sozinho
me vem a toda hora...

Lógica do amor

A lógica do amor é simples
quando um gosta e o outro insiste
quando um quer e o outro deprime
e quando não da mais só finge
que está tudo bem, para não
ficar sem alguém.
Não quero me ver forçado a você
pois não é bem isso que vou querer
O que quero é simplesmente o que quero
ponto final.

Amar

Pra falar de amor, é difícil não pensar em um fim.
Toca você, te salva e depois se despede com calma
Foge sem sequer imaginar, como se roubasse um pedaço
de sua alma, só o vazio resta, só o vazio existe dentro
de mim.
Resisto as desavenças do meu pensamento, que se confunde
a todo o momento, esperando um lamento do amor que partiu.
É bastante difícil não pensar em um fim, muito mais complicado
é pensar em um começo, quando você menos espera, já está amando
outro recomeço...

Dama

Como se inexplicavelmente sentisse o amor dentro de mim
Foi exactamente esse exato momento que te vi
Olhei, parei, pensei e sorri...
Era você bem ali, da pra acreditar ?!
A um minuto do fim, da vida vivida sem ser construída
uma paixão a medida
Cresce a todo o momento a chance de você ser eu,
eu ser você, um só, um laço, um nó...
Pura como uma nuvem, linda como uma dama de ouros
Cai em tentação ao pensar em ter só pra mim esse tesouro...