sábado, 16 de julho de 2011

Sobre ontem a noite

Na noite de ontem fui de encontro a tua ausência, o frio noturno estava dentro de mim. Atravesseai o tempo até chegar a tua casa, joguei teu nome ao vento, como quem lança pedras, mas o peso de palavras não arrebenta vidros.
Aproximei meus passos do espaço em que vives e embacei o vidro com o vapor da minha voz. Susurrei segredos, quase em silêncio, mas o silência do teu quarto não me disse nada. Arranhei com raiva as veias do vidro com a ponta da chave de um carro emprestadoa. Arrastei meus dedos quase sem barulho, sobre a transparência da pelo do vidro e deixei impressa minhas digitais, como se sangrassem de tanta solidão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário