Queria ter a sensatez dos sábios
Saber falar, saber calar, saber o momento
Saber fazer da sabedoria instrumento
Não me deixar seduzir por mesa, cama ou lábios...
Queria ter a frieza dos sensatos
E desta, me utilizar a todo instante...
E deixar de me expor a sentimentos constantes
Adormece-los, e com todo o intelecto apenas julgar quaisquer fatos...
Queria ter o acalanto do esquecimento
E ser presenteado com seu doce desdém
Aproveitar e ter por presente também
Arrancado de mim o desalento..
Queria ter o dom de afugentar
Todo esse frio, toda a saudade, toda essa mágoa
Queria ser capaz de arrancar essa mão que me afaga
E teima em ainda me fazer lembrar...
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